Por trás do desempenho da Seleção Brasileira nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, há uma riqueza de histórias que revelam a resiliência, a dedicação e os desafios enfrentados pela equipe. Desde a troca de comando técnico até as lesões que testaram a profundidade do elenco, esses elementos moldaram a trajetória do Brasil, que, mesmo enfrentando adversidades, garantiu a classificação antecipada para o torneio. Com uma combinação de estrelas consagradas, jovens promissores e uma nova abordagem tática, a equipe está se reinventando para recuperar o brilho do futebol “samba” no cenário mundial. Abaixo, exploramos os bastidores dessa campanha, destacando o impacto do novo treinador, as lutas dos jogadores e o trabalho incansável da comissão técnica.
Um dos momentos mais marcantes de 2025 foi a nomeação de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira no início do ano, uma decisão ousada da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ancelotti, renomado por seus sucessos no Real Madrid, Milan e outros gigantes europeus, trouxe uma abordagem tática moderna, marcada por disciplina defensiva e transições rápidas, sem abandonar a criatividade característica do Brasil. Sua estreia no comando do Brasil, no estádio do Maracanã, foi um evento histórico. Em entrevista, o treinador italiano expressou sua emoção: “Treinar no Maracanã é a realização de um sonho. Este é o coração do futebol mundial, e quero construir uma equipe que honre essa história.” Sob sua liderança, o Brasil passou por uma transição do tradicional estilo “samba” para uma abordagem mais pragmática, inspirada em clubes europeus, com ênfase na posse de bola controlada e na compactação defensiva.
Essa mudança, no entanto, não foi imediata. Nos primeiros meses, Ancelotti enfrentou resistência de torcedores acostumados ao estilo ofensivo e fluido do Brasil. A derrota por 4 a 1 para a Argentina em março de 2025 foi um momento de crise, com críticas à falta de ousadia. Contudo, vitórias convincentes, como o 3 a 0 contra o Chile em setembro, mostraram que a equipe estava assimilando as ideias do treinador, equilibrando criatividade e solidez.
No lado dos jogadores, as lesões foram o maior obstáculo. Neymar, ícone da seleção, perdeu várias partidas devido a uma lesão no joelho que o afastou por meses, levantando debates sobre sua liderança no time. Vinícius Júnior e Rodrygo, peças-chave do Real Madrid, também enfrentaram sobrecarga física devido ao calendário intenso de seus clubes, o que levou Ancelotti a poupá-los em algumas convocações, uma decisão controversa que dividiu opiniões entre torcedores e analistas.
Nesse cenário, o jovem Endrick emergiu como a grande revelação. Com apenas 19 anos, o atacante do Real Madrid marcou cinco gols nas eliminatórias, incluindo tentos decisivos contra Colômbia e Chile. Em uma entrevista à imprensa brasileira, Endrick compartilhou sua jornada: “A pressão das eliminatórias me fez crescer rapidamente. Meu objetivo é seguir os passos de Neymar e ajudar o Brasil a conquistar o hexa em 2026.” Sua velocidade, finalização precisa e maturidade em campo o transformaram no novo xodó da torcida.
Além de Endrick, outros jogadores brilharam. O meio-campista Bruno Guimarães, do Newcastle, foi um pilar defensivo, liderando as estatísticas de interceptações na América do Sul. Sua capacidade de recuperar bolas e iniciar jogadas foi crucial, especialmente na vitória por 2 a 1 contra a Colômbia. Na defesa, Éder Militao se consolidou como líder, apesar de alguns erros pontuais, como na derrota para a Argentina. Junto a Marquinhos, ele formou uma dupla que garantiu consistência na maioria das partidas, com o goleiro Alisson sendo decisivo em jogos como o empate sem gols contra o Equador.
A preparação da seleção envolveu um esforço monumental nos bastidores. Em 2025, a CBF organizou múltiplos períodos de treinamento, com foco na recuperação física e na implementação das táticas de Ancelotti. Os campos de treinamento em Teresópolis foram palco de intensas sessões, nas quais o técnico enfatizou a importância do coletivo: “Não dependemos de heróis individuais, mas de um time unido.” Essa mentalidade se refletiu na vitória por 3 a 0 contra o Chile em 4 de setembro, quando jogadores reservas, como Rodrygo, marcaram gols decisivos, evidenciando a profundidade do elenco.
A tecnologia também desempenhou um papel fundamental. A CBF, em parceria com a FIFA, introduziu análises de dados avançadas e o uso intensivo do VAR, garantindo maior precisão nas decisões arbitrais. Ferramentas de análise de desempenho, como GPS de monitoramento físico, ajudaram a otimizar a condição dos jogadores, especialmente em um calendário apertado. Além disso, a equipe médica trabalhou incansavelmente para gerenciar lesões, implementando planos personalizados para atletas como Neymar, que passou por um rigoroso processo de reabilitação.
Outro destaque foi o envolvimento da torcida. A CBF organizou eventos abertos ao público durante os períodos de treinamento, permitindo que os fãs interagissem com os jogadores. Essas iniciativas fortaleceram a conexão entre a seleção e a torcida, especialmente após a goleada contra o Chile, quando o Maracanã vibrou com cânticos de apoio à “nova geração” liderada por Endrick e companhia.
Essas histórias dos bastidores não apenas ilustram os desafios superados pela Seleção Brasileira, mas também sinalizam seu potencial para a Copa do Mundo de 2026. Com Ancelotti no comando, um elenco que combina juventude e experiência, e uma preparação meticulosa, o Brasil está se reconstruindo como uma força global. A expectativa dos torcedores é alta para ver a “nova Seleção Samba” brilhar nos estádios da América do Norte, com a meta de conquistar o tão sonhado sexto título mundial.
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